domingo, 31 de janeiro de 2016

Segurança em meio as tribulações - pregação

Uma fortaleza em meio as tribulações

Salmo 46

Desde a entrada do pecado no mundo, vivemos em uma sociedade em caos. Desde o início o ímpio se levanta contra o justo. Vivemos sob a contante ameaça de catástrofes, o mundo testemunhou e ainda testemunha muitas guerras. A ameaça de uma doença está sempre presente. Uma pergunta que fica, como se manter tranquilo em meio a toda essas bagunça... Esse salmo nos ensina sobre isso.
Acredita-se que ele foi escrito após um grande livramento, apesar de que não podemos ter certeza disso. O famoso hino de Martinho Lutero, Castelo Forte foi claramente inspirado nesse salmo.


1 -Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações.
O salmista começa com uma conclusão, podemos dizer que a primeira frase é a certeza que permeia todos os outros versículos. Em Deus podemos nos refugiar nos momentos de ameaça. Ele é nossa fortaleza que nos mantém seguros.

2Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; 3ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam.
Já pensou se os montes se lançassem ao mar? Uma clara linguagem de exagero com o propósito didático de nos ensinar, que a certeza de ter Deus como nossa fortaleza, nos permite permanecer firmes em qualquer situação. Não importa a gravidade da situação, sobre a fortaleza de Deus permaneceremos seguros. (Salmo 90.4 Cobrir-te-á com as suas penas,
e, sob suas asas, estarás seguro;)

4 Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
5 Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã.
6 Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.
7 O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.

De modo geral as grandes civilizações antigas se desenvolveram ao redor de grandes Rios, como o Nilo e Eufrates. Essas nações podiam se orgulhar de seus rios que eram essenciais a agricultura dessas civilizações. Essa não era, porém, a característica de Jerusálem. Apenas uma pequana torrente cruzava a cidade. Israel não tinha muitas características que levam uma nação ao orgulho. Mas uma característica a distinguia das demais, Deus habitava em Jerusálem, quem precisa de um grande rio quando se tem a presença de Deus. Era Deus a fortaleza e sustento da cidade. O Deus que faz as demais nações tremerem. Pois Ele é o Senhor dos Exércitos, e o Deus de Jacó. O Deus que traz temor as demais nações, também é o Deus de Jacó. O Deus do povo de Israel.

8 Vinde, contemplai as obras do SENHOR,que assolações efetuou na terra.
9 E le põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança;
queima os carros no fogo.
10 Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
11 O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.

Aqui há um recado claro as outras nações, a povo considerados ricos nos quais muitas vezes o próprio povo de Israel colocava sua confiança. Vinde ver aquilo que Deus fez, o Deus que põe fim a guerra. Quando um exército vencia o outro queimava os carros do inimigo. Era Deus quem lutava por Israel e garantia a vitória muitas vezes contra outros exéricitos, muitas vezes mais fortes. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”... Inútil é se levantar contra Jeová.

  1. Somente a confiança em Deus nos mantém firmes nos momentos de dificuldades – O salmo fala de algo hipotético, os montes se lançarem ao mar, para ensinar que mesmo nessas situações a confiança em Deus pode nos manter inabaláveis. Ainda que os montes não se lançem ao mar podemos passar por mais diversas situações. A perda de um ente querido, a catastrofe que pode destruir um lar, problemas mais diversos nas famílias (drogas, adultério, divórcio). Porém o Salmo nos ensina que ainda assim em Deus devemos manter nossa confiança. Como nosso pastor temos a certeza que Ele nos conduz, o que pode evitar o desespero e nos manter de cabeça erguida nas mais diversas situações. O Senhor é nosso “socorro bem presente nas tribulações”. Isso não significa que não venhamos a sofrer nas dificuldades, mas permaneceremos firmes, mantendo o testemunho de que Deus não nos abandonou. Como disse Jó “o SENHOR deu e o SENHOR tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21).
  2. Deus muitas vezes não nos dá muito, para que confiemos n'Ele e não nas coisas – Vocês já viram um cristão aparecer em horário nobre na TV, dar entrevistas a revistas de grande circulação ou algo assim. Os cristãos fiéis não costumam ser contados entre as celebridades do nosso mu cndo. E sempre foi assim, na primeira carta de Paulo aos coríntios o apóstolo diz: “Irmãos, reparai, pois na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1 Coríntios 1.26-29). Essa também era a verdade em relação a Israel, nunca foi considerada a maior das nações, uma nação que foi escrava no Egito, descendente de Jacó um usurpador. Mas era um povo que podia se orgulhar de ter a habitação do Altíssimo. O SENHOR escolheu esse povo, e não deu a eles coisas as quais eles pudessem por a esperança e deixar de confiar n1Ele. Pequenas torrentes de água eram suficientes para o povo que tem o SENHOR como DEUS. O Deus que escolheu o pequeno Davi, escolheu a pequena Belém como cidade para o nascimento de Cristo. Deus muitas vezes nos ensina a não confiar em nada que os homens costumam por sua confiança. Porque o que realmente importa é que estejamos na cidade em que Deus esteja no meio dela. Deus deixa claro que Ele é o Deus de Jacó, o Deus de seu povo.
  3. É Deus quem derrota os nossos inimigos – O Salmo termina com um recado aos inimigos de Israel em uma clara linguagem de guerra. Era Deus quem derrotava os inimigos de Israel, e a própria sobrevivência de Israel em meio a tantas guerras é um testemunho dos cuidados de Deus com o Seu povo. Assim como Israel, todos aqueles que são hoje o Israel de Deus tem inimigos. Cristo foi crucificado, seus apóstolos perseguidos, os primeiros cristãos foram perseguidos pelo maior império até então. Um império que aos olhos humanos parecia que nunca sucumbiria. Roma caiu, mas a Igreja permaneceu. Quando a Igreja fugiu da Palavra aqueles que se levantaram para dizer isso foram perseguidos, muitos foram mortos, mas um dia eles não foram mais calados, e a Reforma tomou toda europa. O Deus que habita no meio do seu povo, é o Deus que diz aos inimigos “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. “Se Deus é por nós, quem será contra nós” (Romanos 8.31). Todo ato de vingança representa uma falta de confiança em Deus, Ele julgará com justiça, e a Ele cabe toda retribuição. Portanto se pessoas se levantarem contra nós por estarmos fazendo aquilo que é certo, se o mundo se levantar contra nós por defendermos nossos valores cristãos, devemos lembrar que o Deus que é refúgio, também é o Senhor dos Exércitos, que não apenas nos defende mas também que luta por nós.


Mas ainda há um tribulação pior que a fúria da natureza, que as doenças, ou que a fúrias de nossos inimigos. Há um inimigo pior que vive dentro de nós mesmos e que é a razão de todo mal que há no mundo, ele chama-se pecado. E assim como todos os outros problemas, em Deus devemos buscar refugio contra o pecado. Porque Ele entregou seu próprio filho para morrer por seu povo. De modo que ele habitára para sempre no meio daqueles que foram lavados no sangue do seu filho. “Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro” (Apocalipse22.1) E tudo que realmente importa é habitarmos na nova Jerusálem onde mal nenhum, nem mesmo nosso próprio pecado habitará.

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