Meus irmãos, considerem motivo de
grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que
a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa,
a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.
(Tiago 1:2-4)[1]
Conforme Paulo escreveu em sua epístola
aos Filipenses, ele considerou a expectativa de morte e disse “porque
para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21).Se
alguém pensa desse modo depende de quem ele é e do que ele valoriza. Ele era um
cristão, de modo que para ele viver era servir a Cristo, e morrer era estar com
Cristo. Embora ele estivesse ardente para servir a Cristo pela pregação do Evangelho
e fortalecimento da Igreja, ele preferia muito mais a morte do corpo, de modo
que sua alma pudesse ascender a Cristo. Ele era um cristão, desse modo ele
tinha um relacionamento com Cristo. E ele valorizava a Cristo, de modo que ele
valorizava a presença do Senhor acima de tudo.
Certamente esse é o modo correto de ver
as coisas. Quando um cristão fracassa em pensar desse jeito, é porque a mente
dele ainda não foi renovada. Ele precisa ser ensinado, não somente pelos
homens, mas pelo Senhor. E ele pode ser ensinado porque a vida de Deus está
nele. Mas um não cristão não pode fazer isso de qualquer modo, pelo o que ele é
e o que ele valoriza. Ele é um não cristão, portanto ele não tem uma relação
pacífica com Deus, e invés de considerar Cristo em alta estima, ele valoriza a
indulgência da carne, e outros desejos e expectativas abomináveis.
O cristão compreende o valor do
sofrimento. Agora não há valor no sofrimento em si. Algumas pessoas sofrem e se
tornam cruéis. Algumas pessoas sofrem e blasfemam contra Deus. Sofrimento é
construtivo somente quando é o tratamento de uma pessoa por Deus de uma maneira
amorosa, para o propósito de treinamento e disciplina. Em outras palavras,
sofrimento em si é sem significado, e é destrutivo aos réprobos. De outro modo,
sofrimento fornece a ocasião para cristãos reconsiderarem seus caminhos, para
fortalecer sua fé, para reacender sua compaixão, para renovar sua determinação
para superar suas distrações e tentações, e expressar sua dependência de Deus
pelo louvor e persistentes petições. Ele fornece ocasião para eles reavaliarem
seus hábitos e suas prioridades, e abandonar todo peso que os embaraça.
Tiago escreve que deveríamos nos
regozijar quando nós encontramos diferentes tipos de dificuldade, porque o
teste de nossa fé desenvolve perseverança, que por sua vez é capaz de levar-nos
a ser maduros e íntegros. Isso só pode se aplicar a cristãos, porque somente
cristãos tem fé a ser testada em primeiro lugar. E somente cristãos irão
desenvolver perseverança e outros frutos do Espírito quando sua fé é testada.
Os estudantes de Cristo podem se regozijar quando encontram dificuldades porque
eles querem desenvolver perseverança, eles querem se tornar maduros e íntegros.
Quem nós somos e o que nós valorizamos nos distingue, e capacita-nos a encarar
dificuldades com a atitude correta e se beneficiar do sofrimento.
Jó disse a respeito de sua provação “se
me puser a prova, aparecerei como ouro” (Jó 23.10). Isso é apropriado
em um tempo de fome, porque ouro é o que as pessoas não têm, em primeiro lugar.
Jó estava em uma pobre condição, mas ele reconhecia um tesouro maior. Que
benção é ter nossa fé refinada e purificada. Que benção é ter nossa fraqueza
exposta e removida. Que benção é saber onde estamos com Deus, e de que estamos
com Deus. Que benção é ganhar auto compreensão, para perceber onde nos iludimos
sobre a grandeza de nossa fé, se nós de fato temos nos iludido, mas também
obter a garantia que há uma fundação genuína, que Deus esta de fato trabalhando
em nossos corações, do mesmo modo que lutamos, nós suportamos e nos tornamos
mais fortes por causa disso.
Autor: Vincent
Cheung
Fonte: CHEUNG,
Vincent. Faithful in famine, p. 11-12.
Original: Aqui
Tradução: Ivan Junior
[1] NT: Todas as citações bíblicas dessa postagem
são da Nova versão internacional.
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