terça-feira, 19 de junho de 2012

Cristo e a depravação total


Algo interessante quando estudamos a bíblia, é perceber como seus ensinos são coerentes, e de certo modo dependentes um dos outros, de certo modo, a maneira pela qual olhamos para o homem[1] vai afetar a maneira pela qual compreendemos o papel de Cristo.

Se, considerarmos que há no homem algo de bom, uma possibilidade dele se inclinar para o que é correto, não faz sentido vermos Cristo como um Salvador, Ele passa a ser um mestre, apenas nos ensina o modo correto de viver a vida, já que nós poderíamos por nossos próprios esforços nos tornarmos melhores. Por isso liberais, defensores da teologia da libertação, grande parte dos evangélicos que de certo modo são “pelagianos”[2] e católicos acabam tendo uma visão distorcida de Cristo. Todos esses, tem em comum certo tipo de crença em uma bondade inerente do homem, uma capacidade de melhoria por seus próprios esforços, e se o homem pode de certo modo salvar-se por si mesmo não há necessidade de um Salvador, ainda que alguns desses falem de Cristo como Salvador, a visão deles do homem não permitem compreender Cristo desse modo.
Porém, quando vemos nós como realmente nós somos, nossa inclinação ao proibido, nossa inclinação a termos nossa própria lei, então veremos Cristo de uma maneira diferente. Ele fez aquilo que eu não poderia fazer, Ele carregou o meu pecado, Ele me deu um novo coração. Ele não apenas me ensinou o caminho correto, Ele me Salvou. Portanto nesse caso é essencial entender que na Cruz Ele morreu por mim, que Ele ressuscitou e que Ele intercede por mim. “Os são não precisam de médico, e sim os doentes”[3] “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o perdido”[4].
Podíamos resumir tudo que foi dito, na seguinte constatação. “Uma visão alta de nós mesmos nos trará uma visão baixa de Cristo, uma visão baixa de nós mesmos trará uma visão alta de Cristo”.


Autor: Ivan Junior


[2] Referente aos seguidores do ensino de Pelágio, que cria na inocência da alma, a na absoluta capacidade de escolha tanto moral como espiritual. Fonte:< http://www.monergismo.com/textos/arminianismo/controversia_agostinho_pelagio.htm>
[3] Mateus 9.12, Lucas 5.31.
[4] Lucas 19.10

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