segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A Parábola do fermento – Kenneth L. Gentry Jr


A parábola do fermento diz: “O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.” (Mateus 13.33).
Aqui Cristo simboliza o progresso intensivo do reino no mundo. O fermento é um agente penetrativo que se difunde através dos seus hospedeiros internamente. (veja Lucas 17.20.21). Dessa forma o fermento irá penetrar completamente as três medidas de fermento. (certamente “o mundo”, como em Mateus 13.38).

Como explica Trench “Ninguém pode considerar essas palavras, “até ficar tudo levedado,” como menos que uma profecia de um completo triunfo final do Evangelho – que ira se difundir através de todas as nações, e purificar e enobrecer toda vida”.[1] O Reino dos céus terá “um efeito dramático na sociedade humana.”[2] B.B. Warfield observa que essas parábolas “anunciam a completa conquista do mundo por seu Reino”[3].
A parábola do fermento, nesse caso assemelha-se na glória do reino em outras parábolas. O reino ira penetrar tudo (Mateus 13.33). Irá produzir um retorno de 100 vezes em seus convertidos. (Mateus 13.8). Ira crescer em grande estatura (Mateus 13.31-32). Irá dominar o campo/mundo (tendo semeado a semente de trigo no mundo, o mundo para o qual Cristo retornará será um campo de trigo, não um campo de joio, Mateus 13.30).
Tanto a parábola da semente de mostarda quanto a do fermento retratam o crescimento do Reino. Claramente, Cristo está proclamando nessas parábolas do reino a natureza do reino, o qual ele estava estabelecendo e promovendo durante seu ministério. Seu ministério inaugura pela proclamação “está próximo o reino dos céus.” (Mateus 4.17; 3.2; 10.7) Ele imediatamente passa a pregar o reino (4.23) como uma realidade presente (5.3, 10, 19; 6.33; 9.35; 12.28), o qual começa, o qual começa seriamente nos dias de João Batista (11.11-12). Ele não vem catastroficamente como um reino em pleno desenvolvimento, mas cresce lentamente até o domínio. Este gradualismo contradiz a visão pré-milenista.
Tradutor: Ivan Junior
Original: Aqui



[1] R. C. Trench, Notes on the Parables, 88.
[2] R. T. France, Matthew, 528.
[3] B. B. Warfield, Biblical and Theological Studies, 339.

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